31 de outubro de 2015

The Parents’ Dilemma: What Should My School Do about New Technologies


by larrycuban
Sixty-seven percent of parents in a recent survey agreed with this statement: "I don't mind my child spending more screen time if he or she is learning."  And in another survey of parents, 67 percent said that "incorporating more technology in the classroom" is  a "high priority." So where is the dilemma?
The conflict in perceptions arises over the one-third of the parents in one survey disagreeing with the statement: "I don't mind my child spending more screen time if he or she is learning." And a similar percentage in the other one responding that more classroom technology is a low, not a high, priority.  Within that one-third of dissenters, is where the high value of students using devices for their lessons comes into play rubbing up against another prized value of children and youth employing non-screen devices during school to learn since those very same kids are on their varied screens once they leave school and come home. And it is this tension between these values that wracks the one-third of dissenters in these surveys.
In this post I want to go behind the survey numbers and listen to Yalda Uhls,* a parent who advocates sensible use of new technologies in classrooms given the available research.
Many parents are unsure about the best path to technological modernization. When my children were in elementary school, our parent association held many tense meetings about the best technology plan for the school. The parents argued for months. The many valid and important questions included:
1.     Our children already spend too much time outside of school with media; is it really necessary for them to do their homework and school reading on these devices?
2.     If educators focus too much on technology in the classroom, what other skills will be shortchanged?
3.     On the other hand, shouldn’t children learn the basic skills for using technology productively and creatively, to help them be more effective in college and in the job market?
In order to begin to answer questions about what makes the most sense for a school, I emphasize that is important to consider carefully the current models for computer use in schools, as well as any data pointing to their effectiveness, or lack thereof.   For example, is there evidence for the effectiveness of One-to-One Programs?
Is it really necessary to give each enrolled child her own device beginning in kindergarten? Certainly, putting devices into a classroom setting seems more organic to practical academic instruction than segregating computers in one area of the school. Moreover, in the real world, we don’t go to separate “computer labs” to do the parts of our job that require technology. However, most public schools are cash strapped; are one-to-one programs a good use of their budgets?
Some studies find benefits to these programs, but often the measures are limited to self-reports, with inherently subjective variables such as “student engagement.” In addition, it takes time for a program’s effects to emerge; in the first year, technological complications, such as adequate wireless bandwidth, must be resolved. More importantly, teachers need extensive training to get up to speed. In order to effectively examine this enormous investment, evidence from long-term one-to-one programs provide important information.  In fact, the evidence about several of these programs, the Maine Learning Technology Initiative and One Laptop per Child, which were in place for more than ten years, suggest proceeding cautiously.
The research above reflect a pattern that researchers who study digital technology in the classroom witness repeatedly: a high level of enthusiasm for the new technology, anecdotal stories about the transformational learning that will occur, an introduction along with many unanticipated challenges, and finally an investigation of the facts and effects. Too often, the financial burden of the programs means drastic cutting in other arenas.
Convincing data does not back the claim that simply handing computers to kids will increase their engagement and achievement in academic subjects. The evidence is overwhelmingly clear that without adequate infrastructure and trained teachers, digital devices cannot meet their promise. As the report on the One Laptop Per Child  program concluded, “computers by themselves, at least as initially delivered by the program, do not increase achievement in curricular areas.”
Uhls understands the dilemma that parents face when their local school buys interactive whiteboards and laptops or tablets for each child. As a parent, she wants other Moms and Dads to look behind the hype over spanking new devices and ask principals and teachers the reasons why they are using computers, why, and what research there is about children learning from the new technologies. The dilemma parents face won't go away but it surely can be better managed when they and school principals and staff openly discuss the worth of children looking at screens at home and in school.
________________________
*Yalda T. Uhls received her PhD in developmental psychology from UCLA. She is the Regional Director of Common Sense Media, a national non-profit that focuses on helping children, families and educators living in a digital world. She is also senior researcher at the Children’s Digital Media Center@LA, UCLA campus. Yalda’s research focuses on how older and newer media impacts the social behavior of preadolescents. Her new book is: Media Moms & Digital Dads: A Fact, Not Fear Approach to Parenting in the Digital Age (Bibliomotion, 2015)

29 de outubro de 2015

Escolas privadas brasileiras também têm baixas taxas de aprendizado e altos percentuais de reprovação


POR ANTÔNIO GOIS
Imagine um sistema educacional em que dois terços dos alunos terminem o ensino médio sem aprendizado adequado em matemática; com mais de um terço dos professores do antigo segundo grau atuando sem formação adequada para a disciplina lecionada; que tenha taxas de reprovação muito superiores ao que é tolerado em nações desenvolvidas; e que, na comparação com países ricos e considerando alunos de mesmo perfil, fique sempre nas últimas posições em rankings internacionais de aprendizado. Parece que estamos falando da educação pública brasileira, mas esses dados são todos da rede privada, que atende a apenas 15% dos estudantes, especialmente os de famílias de maior renda.

É claro que, comparados com indicadores do sistema público, o setor privado no país ainda aparece melhor na fotografia. Essa vantagem, porém, é explicada, em primeiro lugar, pelo perfil de aluno atendido, variável que explica de 60% a 80% dos resultados de uma escola. Também é preciso considerar que há dentro da rede privada muita discrepância entre estabelecimentos que atendem alunos de maior ou menor renda. Reportagem de Fábio Vasconcellos no Globo mostrou na segunda-feira que este fator, além da formação do professor e das taxas de evasão, diferenciam escolas de maiores e menores médias no Enem.

Há alguns indicadores, porém, em que a vantagem da rede particular nem mais existe, quando se comparam as médias dos dois setores. É o caso do salário dos professores, que já são, em média, maiores na rede pública do que nas particulares, como mostram dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE.

A análise dos indicadores da rede privada do país foi facilitada com a recente postura do Inep (instituto de pesquisa e avaliação do MEC) de disponibilizar novos dados do setor, com algumas informações disponíveis inclusive por escola. Os números permitem constatar, por exemplo, que 35% dos professores em colégios pagos dão aulas no ensino médio sem formação adequada para a disciplina que lecionam, percentual não muito diferente dos 39% registrados nas redes estaduais.

Outra contribuição do Inep está na divulgação das taxas de reprovação. No setor privado, a média é de 5,5% de alunos reprovados no ensino médio, taxa que sobe a 9,1% quando considerado apenas o primeiro ano do antigo segundo grau. Ainda que esses dados não sejam perfeitamente comparáveis com as taxas de repetência calculadas pela Unesco por país, é possível ter algum parâmetro internacional e constatar que esse percentual é inaceitável para padrões de países ricos. Na Europa, a proporção de repetentes no ensino médio é de 2,7%, e nos países com melhores resultados educacionais essa taxa costuma ser simplesmente zero.

A cultura da reprovação é uma praga que assola até mesmo colégios de elite com altas médias no Enem. No grupo dos 20 com melhores resultados no Rio, por exemplo, há escolas que reprovam em média 26% dos seus alunos no ensino médio.

Esse tema, raramente abordado, foi estudado em profundidade pela educadora Diana Mandelert na tese de doutorado na PUC-Rio “Repetência em Escolas de Prestígio”. Ao entrevistar pais, professores e diretores, ela identificou nesses atores uma cultura de aceitação da reprovação. Um dos motivos para isso é que a prática seria considerada uma maneira de separar aqueles que podem seguir adiante daqueles que não se esforçaram o suficiente e devem ficar para trás, valorizando assim o diploma dos que conseguem chegar ao final. “A escola deixa de ser um direito de todos e passa a ser algo para quem merece, apenas para quem tem mérito.” E os colégios de elite também se beneficiam dessa mentalidade pois podem, com isso, selecionar apenas os jovens de melhor desempenho, o que garantirá ao final uma boa média no ranking do Enem, ao custo da reprovação e expulsão de vários alunos.

Um modelo educacional excludente, baseado em altas taxas de repetência, pode dar a falsa sensação a alguns pais de que seus filhos estão protegidos da má qualidade do ensino por estarem matriculados em colégios de elite onde poucos se formam. A conta desse equívoco, porém, acaba chegando para todos. Basta ver os pífios resultados dos jovens mais ricos brasileiros quando comparados no Pisa (exame internacional da OCDE) com estudantes de mesmo nível socioeconômico em outras nações.
Clique aqui e veja no próximo post as referências para cada um dos dados aqui citados nesse texto.

Dialing Back on School Testing

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CreditJordan Awan
President Obama struck just the right balance last week when he addressed the highly contentious issue of student testing. He urged state and local officials to do away with the many meaningless, make-work tests they give each year, while preserving essential, high-quality exams that allow them to tell whether students are making progress and, importantly, whether minority children are being fairly educated.
The president’s comments come at a time when school districts across the nation have angered parents by deluging children with trash exams that serve only to heighten classroom anxiety and eat up precious instructional time.
Congress made a reasonable decision a decade ago when it required the states to give annual math and reading tests in grades three through eight, and once in high school, in exchange for federal education aid. Schools that failed to meet performance targets for two years were labeled as needing improvement and subjected to sanctions.
But Congress could not have anticipated the reaction — more precisely, the overreaction — among school officials who, afraid of being tagged as low-performing, rolled out wave after wave of “diagnostic” exams that were actually practice rounds for the real thing. Worse still, districts often deployed primitive, fill-in-the-bubble exams that gave no sense at all of whether or not children were developing the writing and reasoning skills essential for jobs in the new economy. These junk exams are sometimes still used even after the curriculum they were based on has been abandoned.
The scope of the problem is outlined in a new study from the Council of the Great City Schools, which represents the country’s large urban districts. It shows that the typical student in 66 of these districts takes about eight standardized tests a year, only two of which are required by the federal government. On average, students are required to take an astonishing 112 standardized tests between prekindergarten and 12th grade. The report found that more test time does not pay off in improved learning as measured by student performance on the rigorous, federally backed math and reading exam known as the National Assessment of Educational Progress.
The Obama administration is rightly urging the states to give fewer tests and to choose exams that are clearly tied to student learning. To that end, Mr. Obama is asking Congress for a total of $403 million to be used by the states to put in place tests that are aligned with college- and career-ready learning standards. In addition, the Department of Education will give the states guidance in how to improve their testing programs.
Continue reading the main story


The administration suggests further that states require students to spend no more than 2 percent of classroom time taking required statewide standardized tests. Professional organizations and think tanks are already resisting that idea. They worry that such a measure would be burdensome to administer and would limit their flexibility.
Congress can help to de-emphasize testing by changing how schools are evaluated under the Elementary and Secondary Education Act. Student test scores should continue to be an important factor, but modest weight should also be given to other indicators, like advanced courses, promotion rates and college matriculation. These common sense measures would help the country dial back the testing mania.

27 de outubro de 2015

Violencias nas escolas: Alunos de 1 em cada 6 escolas públicas portam armas como facas e canivetes

26 de outubro de 2015
Levantamento divulgado pelo Fórum de Segurança Pública mostra insegurança como a maior preocupação do brasileiro dentro das instituições de ensino

Fonte: iG



Um mês atrás, a professora Débora* teve uma surpresa em uma das salas onde leciona pela rede de ensino pública do Município de São Paulo. Após ouvir uma denúncia de seus alunos, ela observou a mochila de um dos estudantes e nela encontrou uma grande e afiada faca de açougue, guardada entre os pertences de um menino de apenas 12 anos.
"Inicialmente, eu imaginava que fosse uma faca de mesa, um souvenir, algo do tipo. Mas não. Com certeza, aquele objeto poderia machucar muito uma pessoa. Era um instrumento de grande porte", conta ao iG a professora, que há mais de duas décadas trabalha na rede pública de ensino. "O que aconteceu foi que ele contou aos coleguinhas que tinha uma faca, eles o desafiaram a mostrá-la e ele acabou levando-a para a escola para provar o que tinha dito."
O caso pode parecer isolado, mas não é. Produzida pela ONG Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a 9ª edição do Anuário de Segurança Pública mostra que o porte de armas brancas por parte de alunos é bastante comum dentro das instituições de ensino públicas brasileiras.
Com compilação de dados disponíveis na mais recente Avaliação Nacional do Rendimento Escolar, a Prova Brasil 2013, que ouviu 237.186 profissionais de Educação no País, o documento mostra que um em cada seis diretores de escolas públicas no Brasil já notou a presença de armas brancas entre alunos dentro de suas instituições – não existe um detalhamento de quantos foram flagrados nessa situação.
É a primeira vez que o Fórum Brasileiro de Segurança Pública inclui os dados referentes à violência dentro das escolas em seu anuário, no qual também foram inseridas análises da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (PNAD) 2012, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em uma tentativa de compreender também o lado dos alunos em relação ao tema.
"Claro que não é possível concluir isso diretamente, mas os dados mostram que pode existir uma relação direta entre a insegurança que os alunos sentem dentro e no entorno das escolas e o grande número de estudantes que levam esses objetos às aulas", analisa a coordenadora institucional do Fórum da Segurança Pública, Patrícia Nogueira.
"Temos um percentual de 12% de alunos que dizem não se sentir seguros quando vão à escola. Talvez essas armas sejam uma espécie de defesa para confortá-los quanto a isso."
Canivete para se impor
Se a porcentagem de 16,3% impressiona na média brasileira, análise dos dados especificamente de cada Estado mostra que o número de estudantes que andam armados com facas e canivetes é ainda maior em algumas regiões do País, chegando ao dobro da média geral.
Apesar de seus números não chegarem perto dos mais altos – como os de São Paulo, Estado com maior contingente de estudantes do País, onde houve 1.234 relatos de porte de armas brancas por parte de estudantes –, proporcionalmente, o Amapá lidera a lista sobre o tema, com 30,2% dos diretores ouvidos relatando casos do tipo, mesma proporção apontada no Distrito Federal.
Há 27 anos na rede pública de ensino, a professora Sabrina* convive com essa realidade há pelo menos duas décadas, quando afirma ter visto o início da piora da situação dentro das escolas. Em uma instituição onde deu aulas em Cidade Tiradentes, no extremo leste paulistano, estudantes chegavam a carregar armas de fogo nas mochilas, segundo lhe contavam colegas professores. Muitos, ressalta, tinham envolvimento com o tráfico de drogas.
Mas foi um caso específico, no início deste ano, que mais lhe chamou a atenção: um menino, também de 12 anos, então recém-transferido à escola onde ela dava aula, na zona sul paulistana, ameaçou os colegas com um canivete, o que levou a direção a inclusive chamar a Polícia Militar para intervir.
"Ele levava o objeto para impor poder diante dos coleguinhas. A história do 'eu mando, eu faço'", conta a professora. Ela afirma não ter visto mais o pré-adolescente após o caso – ele se desligou da escola.
"É muito triste toda essa situação porque escancara nossa realidade social. Não existe segurança na rede pública do País, infelizmente. Mas também tem o lado de que esses meninos vivem em situação de vulnerabilidade, não recebem carinho, atenção, são crianças sofridas, com pouco acompanhamento familiar. Temos de lidar com essas situações, pois assim que é em boa parte dessas escolas."
Armas de fogo
Como conta a professora Sabrina, não são apenas armas brancas que circulam entre alunos nas escolas públicas do País. Ainda que em proporção muito menor, armas de fogo também têm incidência em escolas.
De acordo com os 56.737 diretores ouvidos pelas pesquisas, 2,1% das instituições de ensino públicas do País registraram casos de alunos portando armas de fogo em suas escolas, segundo diretores – um total de 1.195 registros.
Assim como em relação às armas de fogo, o Distrito Federal também lidera proporcionalmente no quesito. Foram, no total, relatados casos do tipo em 25 instituições, o que representa 4,5% do total da unidade federativa.
Em números absolutos, no entanto, Minas Gerais, Bahia e São Paulo são os líderes de registros de armas de fogo em escolas públicas: respectivamente, 137, 133 e 130 casos do gênero relatados por diretores.
O Anuário de Segurança Pública também expõe que 54,8% dos diretores e 52,3% dos professores respondentes presenciaram agressões verbais ou físicas de alunos contra funcionários das escolas e que um em cada dez diretores já foi ameaçado por algum aluno.
"A gente fica com receio de entrar em um embate mais emotivo com um estudante mais explosivo. Vemos verdadeiras gangues dentro das escolas, intimidações entre alunos e contra funcionários, tráfico de drogas nos corredores", diz Sabrina. "Falta base para muitos desses alunos, infelizmente. Apoio... Tive muitos problemas, mas vou contornando. Temos de seguir em frente."


21 de outubro de 2015

Sem Tropa de Elite, Antonio Gois

21 de outubro de 2015
"Escolas privadas brasileiras também têm baixas taxas de aprendizado e altos percentuais de reprovação", afirma Antônio Gois

Fonte: O Globo (RJ)



Imagine um sistema educacional em que dois terços dos alunos terminem o ensino médio sem aprendizado adequado em matemática; com mais de um terço dos professores do antigo segundo grau atuando sem formação adequada para a disciplina lecionada; que tenha taxas de reprovação muito superiores ao que é tolerado em nações desenvolvidas; e que, na comparação com países ricos e considerando alunos de mesmo perfil, fique sempre nas últimas posições em rankings internacionais de aprendizado. Parece que estamos falando da educação pública brasileira, mas esses dados são todos da rede privada, que atende a apenas 15% dos estudantes, especialmente os de famílias de maior renda.
É claro que, comparados com indicadores do sistema público, o setor privado no país ainda aparece melhor na fotografia. Essa vantagem, porém, é explicada, em primeiro lugar, pelo perfil de aluno atendido, variável que explica de 60% a 80% dos resultados de uma escola. Também é preciso considerar que há dentro da rede privada muita discrepância entre estabelecimentos que atendem alunos de maior ou menor renda. Reportagem de Fábio Vasconcellos no Globo mostrou na segunda-feira que este fator, além da formação do professor e das taxas de evasão, diferenciam escolas de maiores e menores médias no Enem.
Há alguns indicadores, porém, em que a vantagem da rede particular nem mais existe, quando se comparam as médias dos dois setores. É o caso do salário dos professores, que já são, em média, maiores na rede pública do que nas particulares, como mostram dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE.
A análise dos indicadores da rede privada do país foi facilitada com a recente postura do Inep (instituto de pesquisa e avaliação do MEC) de disponibilizar novos dados do setor, com algumas informações disponíveis inclusive por escola. Os números permitem constatar, por exemplo, que 35% dos professores em colégios pagos dão aulas no ensino médio sem formação adequada para a disciplina que lecionam, percentual não muito diferente dos 39% registrados nas redes estaduais.
Outra contribuição do Inep está na divulgação das taxas de reprovação. No setor privado, a média é de 5,5% de alunos reprovados no ensino médio, taxa que sobe a 9,1% quando considerado apenas o primeiro ano do antigo segundo grau. Ainda que esses dados não sejam perfeitamente comparáveis com as taxas de repetência calculadas pela Unesco por país, é possível ter algum parâmetro internacional e constatar que esse percentual é inaceitável para padrões de países ricos. Na Europa, a proporção de repetentes no ensino médio é de 2,7%, e nos países com melhores resultados educacionais essa taxa costuma ser simplesmente zero.
A cultura da reprovação é uma praga que assola até mesmo colégios de elite com altas médias no Enem. No grupo dos 20 com melhores resultados no Rio, por exemplo, há escolas que reprovam em média 26% dos seus alunos no ensino médio.
Esse tema, raramente abordado, foi estudado em profundidade pela educadora Diana Mandelert na tese de doutorado na PUC-Rio “Repetência em Escolas de Prestígio”. Ao entrevistar pais, professores e diretores, ela identificou nesses atores uma cultura de aceitação da reprovação. Um dos motivos para isso é que a prática seria considerada uma maneira de separar aqueles que podem seguir adiante daqueles que não se esforçaram o suficiente e devem ficar para trás, valorizando assim o diploma dos que conseguem chegar ao final. “A escola deixa de ser um direito de todos e passa a ser algo para quem merece, apenas para quem tem mérito.” E os colégios de elite também se beneficiam dessa mentalidade pois podem, com isso, selecionar apenas os jovens de melhor desempenho, o que garantirá ao final uma boa média no ranking do Enem, ao custo da reprovação e expulsão de vários alunos.
Um modelo educacional excludente, baseado em altas taxas de repetência, pode dar a falsa sensação a alguns pais de que seus filhos estão protegidos da má qualidade do ensino por estarem matriculados em colégios de elite onde poucos se formam. A conta desse equívoco, porém, acaba chegando para todos. Basta ver os pífios resultados dos jovens mais ricos brasileiros quando comparados no Pisa (exame internacional da OCDE) com estudantes de mesmo nível socioeconômico em outras nações.

20 de outubro de 2015

EDUCATE A CHILD RECEIVES PRIX DE LA FONDATION FOR ITS EFFORTS TO PROMOTE THE IMPORTANCE OF EDUCATION


DURING THE CLOSING CEREMONY OF AN INTERNATIONAL SUMMIT ORGANISED BY THE CRANS MONTANA FORUM, EDUCATE A CHILD, A GLOBAL PROGRAMME OF EDUCATION ABOVE ALL, RECEIVED THE ‘PRIX DE LA FONDATION’ FOR ITS EFFORTS TO PROMOTE THE IMPORTANCE OF EDUCATION. THE PRESTIGIOUS PRIZE WAS RECEIVED BY DR MARY JOY PIGOZZI, DIRECTOR OF EDUCATE A CHILD, WHO ALSO SPOKE AT THE SUMMIT. THE EVENT TOOK PLACE IN GENEVA FROM THE 14TH TO 16TH OCTOBER 2015.
Established in 1989, the Prize has been awarded to notable figures that work towards advancing the values of democracy and strive towards the achievement of a better world. Past prize winners have included: Lech Wałęsa, Nobel Prize Winner and former President of Poland, José Manuel Barroso, former President of the European Commission, the late Yasser Arafat, former Chairman of the Palestine Liberation Organisation (PLO) and President of the Palestinian National Authority (PNA), the late Rafik Hariri, former Prime Minister of Lebanon, Irina Bokova, Director-General of UNESCO, and the late Benazir Bhutto, Prime Minister of Pakistan.
Commenting on the award Dr Pigozzi, said: “It is a great honour to receive this prize on behalf of Educate A Child. It is especially encouraging that advocacy efforts to promote the value of education are recognised by the international community gathered this weekend in Geneva. There are 59 million out of school children around the world at the primary level adding these to those who cannot access secondary education and other levely of education, we have a gobal disaster waiting to happen.. In September 2015, UN member states adopted the UN Sustainability Development Goals, including the goal of ensuring inclusive and equitable quality education for all (SDG4). We must keep our promise to the millions of  children who continue to remain out of school. We work closely with our partners around the world, and invest in the methods which already work in order to reach as many children as possible”.
Educate A Child has commitments in place to provide access to quality education to six million children who are out of school by 2015, and aims to reach ten million by the end of 2016.

As Campus Fears Rise, So Do Efforts to Enact School Gun Laws

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Students at the University of California, Berkeley, last week. Gov. Jerry Brown recently signed legislation banning concealed weapons at all college campuses in California.CreditJim Wilson/The New York Times
LOS ANGELES — When Gov. Jerry Brown of California signed legislation this month banning concealed weapons on school campuses, the nation was in the midst of one of the worst spasms of gun violence at colleges in recent years. There were three such shootings, including one in Oregonthat left 10 people dead, as the bill sat on Mr. Brown’s desk.
But the new California law went against the grain of what lawmakers in many other states have sought to do. Over the past two years, nearly 15 states have debated legislation to make it easier for teachers, students and administrators to carry concealed weapons on campus. Supporters say the best way to subdue a campus assailant is ensuring that certain people on the scene can mount an armed response before the police arrive.
In June, Texas lawmakers made carrying a concealed weapon on campus legal as of August 2016. Similar measures are being debated in Florida, Michigan and Ohio. Last week, Wisconsin Republicans, who control the Legislature, introduced a bill that would ease restrictions on guns on campuses; two days later, Democrats countered with legislation that would ban guns on campus.
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State Senator Mike Green, a Republican in Michigan, talking  with a reporter last week in Lansing.  Mr. Green has introduced a bill to ease restrictions on carrying concealed firearms at  schools.

CreditNick King for The New York Times
The issue has resonated on college campuses: At the University of Texas at Austin, students and faculty members have staged a variety of protests about the notion of guns on campus, and a professor announced he would resign, saying he would not feel safe in his classroom. In Florida, the state chapter of Students for Concealed Carry has been awarding free holsters to people who posted their support for that state’s proposed legislation on Facebook. On some campuses, the argument has been made that arming students can help prevent sexual assaults.
Backers of the California bill, which passed with overwhelming Democratic support in both houses, predicted that the latest campus shootings would result in a rush across the country to pass measures banning guns in schools. Putting more guns on campus, they said, could confuse the police arriving on the scene about which armed person is the assailant and potentially result in more carnage during a crossfire.
“The sentiment behind this law is our strong belief that law enforcement truly are the ones who need to be in control of arms on the campus,” said State Senator Lois Wolk, the California Democrat who sponsored the bill. “And they are the only ones on campus that should be armed.”
But in many places, people express the opposite view. In Oregon, after the shooting at a community college in Roseburg this month, people who live near the campus argued that the death count would have been lower if someone in the classroom had had a gun, and President Obama was jeered when he arrived there to visit victims’ families, something many residents interpreted as part of his push for increased gun control.
“All of these shootings occur in gun-free zones,” said Greg Steube, a Republican member of the Florida House and author of the proposed legislation there allowing guns on campuses. “Gun-free zones don’t protect innocent people from a criminal walking onto a campus and shooting people.”
Assemblywoman Shannon Grove, a California Republican who says she has a permit to carry a concealed weapon, voted against the bill in her state.
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A protest this month in Roseburg, Ore., where a gunman fatally shot nine people at a community college. CreditSteve Dykes/Getty Images North America
“If you put up signs saying, ‘No guns allowed on campus,’ that’s not going to stop people who are going to do you harm,” Ms. Grove said in an interview. “And it’s a really bad idea to stop qualified individuals from being able to carry their weapons in self-defense or in the defense of others.”
The issue remains highly divisive, as has become clear in Texas, the state that most recently passed legislation allowing concealed weapons on campus. The measure is to take effect Aug. 1, the 50th anniversary of the day that an assailant fatally shot 14 people at the University of Texas at Austin, the first massacre on a campus.
To protest the law, opponents have swarmed the steps of university buildings, wearing orange shirts that read, “Gun Free UT” and “Armed With Reason.” About 750 faculty members signed a petition stating their opposition to guns in their classrooms.
One economics professor, Daniel Hamermesh, resigned in protest over the law, saying he would not feel comfortable teaching in a classroom where there might be armed students. Joan Neuberger, a professor of Russian culture, said an increase in guns could lead to accidental injuries, suicides and a culture of fear in classrooms.
“In volatile situations like a mass shooting it’s really, really unlikely that a 21-year-old with a gun is going to have an impact,” Professor Neuberger said.
In Florida, where legislators have proposed a gun-friendly bill similar to the one in Texas, a gun rights group called Florida Carry sued Florida State University last month after Rebekah Hargrove, a graduate student there, was barred from having a gun in her car during a school football game.
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Joan Neuberger, a professor at the University of Texas at Austin, speaking last month at a public forum about a law that will allow concealed weapons on campus. CreditEric Gay/Associated Press
“Obviously, the ‘gun-free zones’ didn’t work,” said Ms. Hargrove, who leads the state’s chapter of Students for Concealed Carry. She said she began supporting the right to carry weapons on campus after a man opened fire in thelibrary at her school in November 2014, wounding three people. She added: “We trust our citizens to carry everywhere else. Why wouldn’t we trust them to carry on campus?”
Some of the strongest opponents of laws allowing guns on campus have been university officials. The chancellor of the 15-campus University of Texas System, William H. McRaven — once a member of the Navy SEALs — said he did not think it would make students safer.
The campus police at the University of Wisconsin-Madison issued a statement last week calling on legislators to reject a proposal to allow guns in campus facilities, including the football stadium. Under a state law passed in 2011, guns are allowed on campus grounds, but the administration may ban them inside buildings.
Madison Laning, 20, the head of the student body government there, came out against the proposed legislation, warning that it would ultimately make things worse. “If — and hopefully never — we do have an active shooter on campus, it will make the P.D.’s job so much harder,” she said, referring to the Police Department, “if there are multiple people running around with guns trying to find the shooter.”
Most legislatures are out of session now, so it may not be clear until next year if the recent spate of shootings — one person killed at Northern Arizona University, one at Texas Southern University and the 10 at Umpqua Community College in Oregon, including the gunman — will produce any change in weapons policy. These laws take many shapes. Some allow guns on campus but permit administrators to create specific restrictions — barring firearms from dorms or stadiums, for example. Other laws do not allow officials to create any gun restrictions. The California law applies to all schools.
“We will see in 2016 what states are going to do in response to these college and university shootings,” said Allison Anderman, a staff attorney with the Law Center to Prevent Gun Violence. “Michigan is a red state. Ohio is a red state. So they are more likely to be moving this kind of legislation.”
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A gun rights activist waiting last week for a state Senate hearing in Lansing, Mich., about a bill to  allow concealed firearms at schools.
CreditNick King for The New York Times
The number of states allowing students to carry firearms on campus has climbed since the shooting deaths of 33 people at Virginia Tech in 2007.
Ten states allow at least some civilians to carry concealed weapons on college campuses, either because of legislation or a court decision, according to the National Conference of State Legislatures.
At the time of the Virginia Tech massacre, “campus carry was considered one of these very rash ideas that was simply not acceptable to a majority of people,” said Reid Smith, 28, a member of Students for Concealed Carry, which formed after that attack. “And that’s changed a lot in the last seven, eight years.”
California, where the governor is a Democrat and a gun owner, had among the toughest gun control laws in the nation even before the latest bill was signed.
“California is the only state that I know of that has passed a modern ban on people being able to carry a gun on college campuses,” said John Lott, the head of the Crime Prevention Research Center, who testified last week in favor of the Michigan bill to permit concealed guns on campus. “The California law is interesting in that, can you point to one example of any problem they’ve had with the current rules? So why are they changing it?”
Since 2007, Idaho, Kansas, Mississippi and Wisconsin, as well as Texas, have passed laws that allow or will allow licensed gun owners to carry firearms on campus. Courts in Colorado and Oregon affirmed the right to carry guns on campus.
“Over the past three years, we have seen 12 to 20 states introduce legislation every session to allow guns on campus,” said Suzanne Hultin of the National Conference of State Legislatures. “And every year, one or two states enact that legislation.”