23 de maio de 2013

Mais de 60% dos alunos de escola pública têm computador em casa


  • Em 2010, o percentual era de 54%. Pesquisa reuniu informações de 856 escolas públicas e privadas
AGÊNCIA BRASIL

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RIO - A maioria dos alunos de escolas públicas do país (62%) tem computador em casa, aponta a pesquisa Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) Educação 2012, divulgada nesta quinta-feira (23) pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). O número é crescente desde 2010, primeiro ano do levantamento, quando o percentual era 54%. No ano passado, essa proporção entre estudantes da rede pública já tinha avançado para 56%.

A abordagem reuniu informações de 856 escolas públicas e privadas, selecionadas a partir do Censo Escolar de 2011. Foram entrevistados professores de português e matemática, alunos dos ensinos fundamental e médio, além de coordenadores pedagógicos e diretores.
Também houve avanço do acesso à internet pelo celular entre os alunos de escolas municipais e estaduais: crescimento de 14 pontos percentuais na comparação com 2011, alcançando 44% dos entrevistados. No ensino privado, a proporção de estudantes que acessam internet pelo celular é maior, atingindo 54% dos entrevistados.
Em relação aos professores, a pesquisa mostra que a presença do computador e da internet em casa está próxima da universalização. No último levantamento, o percentual já chegava a 96%. A maioria deles tem o computador como suporte para desenvolver habilidades e usa a internet para manter contatos informais com outros educadores.
O estudo chama a atenção ainda para a necessidade de ampliar políticas públicas de incorporação das tecnologias digitais no ambiente escolar. A sala de aula, por exemplo, ainda não incorporou plenamente o uso dessas ferramentas, apesar de ter aumentado o uso de computadores entre os professores durante as atividades. A prática de ensinar os alunos a usar o computador e a internet – que é feita de forma esporádica – ainda é a atividade escolar em que mais se aplica essas tecnologias.
Do ponto de vista da infraestrutura, as escolas analisadas apresentaram maior presença de computadores portáteis, o que revela uma possibilidade de uso dessas tecnologias para além das tarefas de gestão escolar ou das atividades nos laboratórios de informática. Entre os fatores limitantes para esse uso, no entanto, está a quantidade de equipamentos disponíveis e a velocidade de conexão à rede.


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Escolas públicas urbanas com computador portátil alcançam 74%

RIO - A presença de computadores portáteis em escolas públicas urbanas do país cresceu 7 pontos percentuais em um ano. O proporção passou de 67% para 74% entre 2011 e 2012, segundo a pesquisa Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) Educação 2012, divulgada nesta quinta-feira (23), na capital paulista, pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br).
A pesquisa informa também que a média por escola é 21 computadores – incluindo os de mesa, portáteis etablets. Para cerca de 80% dos professores, o baixo número de computadores disponíveis dificulta o uso dessa tecnologia para fins pedagógicos.
O trabalho reuniu informações de 856 escolas públicas e privadas, selecionadas a partir do Censo Escolar de 2011. Foram entrevistados 1.592 professores de português e matemática, 8.332 alunos dos ensinos fundamental e médio, além de 1.604 coordenadores pedagógicos e diretores.
“O notebook permite que você leve essa infraestrutura de uma sala a outra, que você faça um uso mais eficiente dessa tecnologia no local onde o processo de ensino e aprendizagem ocorre, que é a sala de aula”, avaliou Alexandre Barbosa, gerente do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic). Ele aponta que isso favorece o uso do computador e da internet como elemento de apoio pedagógico e não somente instrumental.
Barbosa destaca que a pesquisa apontou a utilização do computador como suporte pedagógico entre os desafios que precisam ser contemplados por políticas públicas de incentivo às TIC. “As políticas de fomento à informática nas escolas, de certa forma, foram bem-sucedidas, na medida em que elas levaram a infraestrutura, mas ainda falta uma política que incentive o uso, que dê formação ao professor”, declarou. A utilização mais frequente das TIC nas escolas, com 62%, é o ensino sobre o uso da própria máquina.
A pesquisa aponta que menos da metade dos professores de escolas públicas (44%) tiveram disciplinas na faculdade que estivessem voltadas ao uso do computador como ferramenta pedagógica. “Nós ainda temos cursos de pedagogia que sequer mencionam tecnologia. A infraestrutura é importante, mas precisamos avançar na capacitação pedagógica para uso dessas tecnologias”, ponderou.
Apesar de uma queda de 13 pontos percentuais, de 76% para 63%, o laboratório de informática continua sendo o local mais comum para utilização de computador e internet nas escolas. Por outro lado, houve avanço de 13% para 19% na presença dessas tecnologias em sala de aula.
Outro fator limitante para uso das TIC no processo de educação é a velocidade da internet. Embora ela esteja presente em 89% das escolas públicas urbanas, 26% delas têm conexão com velocidade de 1 megabite a 2 megabites, faixa mais comum. Também é alto o percentual de diretores (24%) que não souberam informar o tipo de conexão presente nas escolas. Nas particulares, a faixa de velocidade mais encontrada é igual ou superior a 8 megabites.

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